Reciclagem Digital

Alunos do Ensino Fundamental praticam reciclagem do “Lixo” Eletrônico.

Alunos do Ensino Fundamental praticam reciclagem do “Lixo” Eletrônico.

Coordenação de Projetos Socioambientais do Centro Literatus

RESUMO

Preocupado com o destino errôneo de equipamentos eletrônicos utilizado, a Coordenação de Projetos Socioambientais do Centro Literatus – CPSA/CEL iniciou no dia 24 de Abril de 2009 no Projeto Vivenciar, o programa da coleta do “Lixo Eletrônico”, que trás uma ação para a organização da coleta de equipamentos eletrônicos ainda em funcionamento e a possível doação dos aparelhos para Instituições necessitadas, e o desenvolvimento de atitudes da parte dos alunos a partir do problema no meio ambiente, bem como o seu destino (tecnologia – 2008). Poluição silenciosa. Podemos assim chamar é o que o Biólogo e Gestor, em Meio Ambiente, José Cleonço Lucena da Costa e Silva, Coordenador de Projetos Socioambientais do Centro Literatus, define os componentes tóxicos presentes nos equipamentos eletrônicos e baterias, que podem pôr em risco a saúde dos seres humanos casos estes materiais não sejam descartados de forma apropriada. Os materiais eletrônicos quando descartados no solo e nas águas, pode causar danos à saúde das pessoas e dificilmente um médico vai identificar o que causou a doença, a não ser que o índice de recorrência em certa região seja muito alto, justifica o Coordenado. Equipamentos eletrônicos possuem componentes que são tóxicos e uma vez que sejam lançados inadequadamente podem causar danos ao meio ambiente. O Centro Literatus por meio da Coordenação de Projetos Socioambientais, lançou a Campanha do Mutirão do “Lixo” Eletrônico, que visa à doação de equipamentos eletrônicos a uma Instituição carente da comunidade.

Sendo assim ao mesmo tempo em que pratica a solidariedade os alunos contribuem para um ambiente mais saudável.

Palavras – chave: Conscientização ambiental, Lençol freático, Saúde ambiental, Sistema nervoso, Lixo urbano.

INTRODUÇÃO

Resíduo eletrônico ou lixo eletrônico é o nome dado aos resíduos resultantes da rápida obsolescência de equipamentos eletrônicos (o que inclui televisores, telemóveis, computadores,geladeiras e outros dispositivos)- wikipedia. Preocupação ambiental já é dever de casa de todos e mudanças simples podem gerar grandes economias – de dinheiro e, principalmente, da saúde do planeta. Não é difícil sair nas ruas e encontrar os lixos das esquinas, repletos de equipamentos eletrônicos, deixados a aberto quem sabe na intenção de que alguém possa levar. O grande problema é que esses materiais lançados nos solos e nas águas podem gerar prejuízo para o meio ambiente, devido aos componentes tóxicos existentes em seu interior. Segundo Daurio Speranzini, vice-presidente de Sustentabilidade da Philips para a América Latina, o consumidor precisa estar atento a todos os outros fatores que permeiam a fabricação de um produto, como o uso de substâncias tóxicas, descarte e reciclagem, peso, embalagem e vida útil. Pilhas, baterias e celulares não são os únicos tipos de lixo eletrônico. Computadores, televisores, rádios, Dvds, CDs e lâmpadas fluorescentes também possuem substâncias tóxicas como chumbo e mercúrio.(Infomediatv). Sem descarte apropriado, estes materiais altamente tóxicos para a saúde humana freqüentemente vão parar em aterros sanitários comuns ou são queimados a céu aberto, sem os cuidados apropriados, quando não acabam literalmente sendo enviados para países em desenvolvimento. “Só em 2006, foram vendidos 7milhões de computadores. Se descartados sem controle num horizonte de até dez anos, essas máquinas podem implicar numa montanha de resíduos da ordem de 70 mil toneladas. Se houver contaminações, os custos para a sociedade brasileira podem ser incalculáveis”, conclui a diretora da CCE. Para a consultora em minimização de resíduos e educação ambiental, Patrícia Blauth, a redução do lixo eletrônico tem que passar também por uma revisão no comportamento de consumo. “Muitas vezes produtos em perfeito estado são descartados”. No Brasil o caminho percorrido pelo lixo eletrônico é muito pouco conhecido. Se de um lado os eletrônicos por aqui têm uma vida mais longa, uma vez que o poder de compra é mais limitado e não é difícil encontrar interessados em receber os equipamentos mais velhos, de outro pouco se sabe sobre o que acontece com um aparelho quando ele realmente não tem mais utilidade. No ano passado, foram vendidos mais de 7 milhões de computadores no mercado brasileiro e neste ano serão vendidos outros 8,5 milhões, segundo dados da IDC. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nove em cada dez lares brasileiros têm pelo menos uma TV. Ainda assim, só em 2006 foram vendidos 10,85 milhões de novos televisores no País. Deve – se levar em conta que a popularização dos eletroeletrônicos e a rápida obsolescência dos modelos, criam o mito da necessidade de substituição, que se torna quase obrigatória para os aficionados em tecnologia e para algumas profissões específicas. No entanto, o descarte desenfreado desses produtos tem gerado problemas ambientais sérios, pelo volume, por esses produtos conterem materiais que demoram muito tempo para se decompor. A mobilização da parte de escolas, agremiações, comunidades, ONGS, e empresas conscientes do seu papel perante o desafio de um planeta sustentável e alto suficiente.

Alunos do Ensino Fundamental e Médio tem se mobilizado em busca de soluções que possam apresentar para o combate que será travado. As campanhas da Coleta Seletiva, Programa Papa- Pilhas e Mutirão do Lixo Eletrônico,são algumas das ações impostas pelos alunos do Centro Literatus em Manaus. Quando você descarta um equipamento eletrônico que não possui mais utilidade, você está gerando um lixo eletrônico, também conhecido como “e-lixo”.

São materiais como pilhas, baterias, celulares, computadores, televisores, DVD’s, CD´s, rádios, lâmpadas fluorescentes e muitos outros, que se não tiverem uma destinação adequada, vão parar em aterros comuns e contaminar o solo e as águas, trazendo danos para o meio ambiente e para a saúde humana. O problema é que o tempo de utilização destes produtos é cada vez menor. E não é porque eles deixam de funcionar, mas, sim, por que com a rápida modernização das tecnologias, os aparelhos tornam-se ultrapassados em uma velocidade assustadora. No Brasil, por exemplo, o tempo médio de uso de um celular é inferior a dois anos e o de um computador é de quatro anos (Revista Meio Ambiente).   Na composição dos equipamentos eletrônicos existem substâncias tóxicas como mercúrio, chumbo, cádmio, belírio e arsênio – altamente perigosos à saúde humana. Além disso, para se produzir os aparelhos também são utilizados compostos químicos como o PVC, que demora séculos para se decompor no meio ambiente. Em contato com o ar, as águas e o solo, e por exposição direta ou indireta via água de abastecimento e alimentos, essas substâncias podem desencadear distúrbios no sistema nervoso, problemas renais e pulmonares, câncer e outras doenças, podendo, inclusive afetar o cérebro.

BENEFÍCIOS EM COLETAR O “LIXO ELETRÔNICO”

O lixo eletrônico constitui o problema de coleta de resíduos de maior crescimento no mundo. Desde os rincões industriais da China continental às regiões da Índia e do Paquistão em rápido processo de industrialização, uma ampla gama de aparelhos está sendo recebida e reciclada em condições que colocam em perigo a saúde dos trabalhadores, suas comunidades e o meio ambiente. A maior parte dos componentes destes aparelhos é recuperada por pobres catadores e vendida para sua reutilização. Mas durante o processo, eles e o meio ambiente ao seu redor estão expostos aos perigos provenientes do contato com metais pesados como mercúrio, chumbo, berílio, cádmio e bromato que deixam resíduos letais no corpo, solo e cursos de água. Trata-se de um tipo de reciclagem que não é exatamente o que os consumidores têm em mente quando obedientemente depositam seus computadores no lixão local. Os especialistas industriais dizem que entre 50% e 80% do lixo eletrônico coletado para reciclagem acaba em barcos que se dirigem aos lixões de lixo eletrônico da Ásia, onde seus componentes tóxicos vão parar em correntes sangüíneas e cursos de água (Deutsche Welle Brasil). Os governos e as companhias eletrônicas conhecem há muito tempo os perigosos e  efeitos desta reciclagem, como já assinalava em 1989 a redação da Convenção da Basiléia, um tratado internacional que se ocupa do comércio mundial de resíduos tóxicos. Em 1994, este tratado foi reforçado para proibir a exportação de todo lixo tóxico dos países ricos para as nações pobres, inclusive com o propósito de reciclá-los. No dia 11 de março de 2009, o Centro Literatus iniciou nas sedes a campanha da coleta seletiva, e no dia 24 de Abril realizou a campanha do Mutirão do “LIXO” Eletrônico, que coletou aparelhos eletrônicos diversos em bom funcionamento. O resultado da Campanha foi um sucesso, pois foram doados cerca de 40 aparelhos Eletro – eletrônicos e que foram doados a Instituição Jannel Doylle, um abrigo que trabalha com crianças entre zero e sete anos. A campanha esta inserida dentro do programa ”EU RECICLO”, que já realiza a coleta de rejeitos como: papel, plástico, vidro, orgânico, metal, óleo de cozinha e caixas longa vida. O mutirão do “LIXO” eletrônico,deverá alcançar a comunidade local em breve. Assim como a campanha da coleta seletiva os representantes comunitários serão convidados pelo CEL, para que levem a idéia para o seu bairro e com isso as pessoas possam entender que lixo eletrônico lançado no meio ambiente, é um problema muito sério devido aos componentes eletrônicos instalados no seu interior. Conscientizar os alunos, pais, professores e colaboradores a tomar atitudes quanto ao descarte dos resíduos tecnológicos.

MATERIAL E MÉTODOS

O processo “da coleta do Lixo” Eletrônico é muito simples, envolve desde a conscientização dos alunos em sala de aula, até os colaboradores em seu dia de trabalho (O Globo On-line). Em seguida vem à coleta propriamente dita, que nada mais é do que trazer até a escola o material eletrônico, que passa por alguns testes, para assegurar que ele esta em bom funcionamento para que seja doado. Esse material é lançado em um relatório para sabermos o quanto foi doado em determinado período, por exemplo, no mês. O material é armazenado e em seguida levado pelos próprios alunos ao seu destino.

RESULTADOS E DISCURSÕES

O programa do “Lixo” Eletrônico não acontece na escola por um breve período. O programa permanece por todo o ano letivo, pois entendemos que descartes inadequados de equipamentos eletrônicos sempre irão ocorrer. A conscientização precisar ser feita dia a dias, semana após semana, mês a mês , é uma luta incansável onde o termo conscientização verdadeiramente faz jus as duas palavras: conscientizar e realizar ação, uma depende da outra. Os resultados são satisfatórios, pois foram arrecadados nos primeiros 30 dias cerca de 40 aparelhos em funcionamento, e outra parte com defeito.

CONCEPÇÃO DO PROJETO

Foi realizado no dia 24.04.2009 no Centro Literatus o Mutirão do “LIXO” Eletrônico por alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Participaram também a Direção, Supervisão, Coordenação, Orientação, Professores e Colaboradores. Foi realizada uma programação e explicado o motivo do lançamento do programa de coleta de “LIXO” Eletrônico na escola. Na oportunidade foi apresentada uma exposição de material coletado dias antes pelos alunos de “LIXO” Eletrônico como: computadores, televisores, brinquedos, eletrodomésticos, rádios e caixas de som em pleno funcionamento.

MOTIVO DA ESCOLHA DO TEMA

O Centro Literatus tem demonstrado grande interesse nas questões que envolvem o Meio Ambiente. Dentro de um pensamento que envolve a Educação Ambiental criou o Projeto “Vivenciar”, que funciona dentro de uma área verde em uma das Sedes da Instituição. Alguns programas impulsionam o Projeto “Vivenciar” como: Coleta Seletiva, Consumo Consciente, Papa – Pilhas, Banco de Sementes e outros. E foi com esse raciocínio que a Coordenação de Projetos Socioambientais e que tem como responsável o Professor e Gestor Ambiental o Sr. José Cleonço Lucena trouxe a Direção da escola a idéia de que fosse realizado um grande mutirão de coleta de equipamentos eletrônicos em funcionamento para que os mesmos fossem retirados de depósitos, um dia esquecidos e fosse para as mãos de pessoas sem condições, como instituições filantrópicas, alem de eliminar a possibilidade de esse material ir para em lixões, igarapés ou em terrenos abandonados, causando dando ao Meio Ambiente.

CONTEXTO NO QUAL SE EMPREGA

Aqui na cidade de Manaus os igarapés cortam a cidade de Norte Sul, de Leste a Oeste, possibilitando o descarte de lixo em geral nesses canais. É comum verificar dentro dos igarapés a presença de objetos como: fogão, geladeiras, camas, televisores maquinas de lavar, etc. As pessoas realizam esse descarte de maneira que os igarapés acabam ficando assoreados impedindo fluxo das águas e causando problemas gravíssimos, principalmente quando chega a épocas das chuvas, causando alagamentos e muitas vezes o pior que são as mortes.

PUBLICO – ALVO A SER ATINGIDO

A primeira idéia era que fosse realizado a nível interno e depois fosse repassado para a comunidade como um todo. Buscar por meio da pratica a correção dos erros, para que no momento oportuno fosse entregue a comunidade um modelo que se adequasse àquela região. Em 2010 estaremos reunidos com os comunitários e levando as idéias da coleta de “LIXO” Eletrônico, isso vai aproximar a instituição da comunidade, e juntos buscarmos soluções praticas aos problemas ambientais do local.

QUEM TEVE A INICIATIVA E QUANDO

O Coordenador de Projetos Socioambientais do Centro Literatus é o Professor José Cleonço Lucena, Biólogo e Gestor de Meio Ambiente. Foi dele que partiu a idéia de realizar um programa de coleta de “LIXO” Eletrônico. Isso aconteceu no inicio do ano e a culminância do programa ocorreu no mês de Abril, quando também foi lançado o programa do “Consumo Consciente” pela Coordenação.

OS RESULTADOS

No período em que foi lançado o programa do “LIXO” Eletrônico foram arrecadados cerca de 40 aparelhos e doados a uma Instituição de Caridade na cidade de Manaus. Em seguida foi coletado uma segunda remessa que já conta com cerca de 30 aparelhos e que serão entregue nos próximos dias, pois estão sendo testados. As pessoas passam, a saber, do programa e vem ate a escola e deixam a sua doação. Um setor da escola (TI), sabendo do programa da coleta de “Lixo” Eletrônico, entrou em contato com a Coordenação e doou alguns equipamentos de informática. Nesse caso a grande maioria não estava funcionando adequadamente e daí surgiu à idéia de termos a coleta de “Lixo” Eletrônico classe 2, ou seja: equipamentos que não funcionam, mais que podem ser desmontados e suas peças reaproveitadas.

REFERÊNCIAS

http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/2008/02/26/ult4213u358.jhtm – Para onde vai o lixo eletrônico do planeta?

wikipedia.org/wiki – Lixo Eletrônico

www.reciclaveis.com.br/noticias -União Européia discute o lixo eletrônico.  Deutsche Welle Brasil.

http://tecnologia.terra.com.br/interna – Lixo tecnológico é preocupação ambiental. Infomediatv.

http://oglobo.globo.com/tecnologia. Lixo eletrônico: como e onde entregar baterias, pilhas e eletrônicos usados – O Globo On-line.

http://www.revistameioambiente.com.br/2008/12/11/campanha-de-coleta-dolixoeletronico – Campanha de Coleta do Lixo Eletrônico – Drª. Érica Roberta C. do Bom fim SantiagConselheira e Presidente da Comissão de Direito Ambiental da 32ª Subseção da OAB/RJ

José Cleonço Lucena da Costa e Silva

CPSA-CEL

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